No final da década de 1950, a corrida espacial estava em pleno andamento e a União Soviética estava empenhada em provar sua superioridade tecnológica sobre os Estados Unidos. Entre as diferentes áreas de competição, a exploração lunar emergiu como uma das mais importantes. Em outubro de 1957, os soviéticos lançaram com sucesso o primeiro satélite artificial da Terra, o Sputnik 1. Nos anos seguintes, eles continuaram a seguir um ritmo intensivo de missões, culminando com o lançamento do primeiro homem ao espaço por Yuri Gagarin em 12 de abril de 1961.

Mas antes que a União Soviética pudesse levar um ser humano à Lua, eles precisavam primeiro entender melhor a superfície e as condições da Lua. Em 14 de setembro de 1959, três meses depois que a NASA lançou o Pioneer 4 para a Lua, a União Soviética iniciou a Missão Lunik-15. O objetivo era colocar uma sonda na órbita lunar e, em seguida, lançar um módulo de aterrissagem para coletar dados da superfície. Em outras palavras, a Lunik-15 estava tentando ser a primeira missão a voltar à Terra com amostras da superfície lunar.

A parte da sonda da missão foi concluída com sucesso em 17 de julho de 1960, com a Lunik-15 orbitando a Lua por 52 dias. Durante este tempo, a sonda coletou dados de alta resolução da superfície lunar usando câmeras e dispositivos de detecção de raios-X. No entanto, o módulo de aterrissagem nunca conseguiu completar sua missão.

Em 12 de outubro de 1959, outro objeto soviético, a Luna 2, que foi lançado antes da Lunik-15, atingiu a superfície lunar. Embora não tenha conseguido coletar dados científicos, a Luna 2 foi a primeira missão a alcançar a superfície da Lua e serviu como um grande sucesso para a União Soviética.

Em comparação, a Lunik-15 teve um final menos feliz. O módulo de aterrissagem foi lançado em 20 de setembro de 1959 e conseguiu fazer contato com a superfície lunar cerca de duas semanas depois. Infelizmente, o módulo de aterrissagem colidiu com a Lua a uma velocidade de cerca de 500 km/h e se desintegrou em uma grande explosão. A causa exata do erro nunca foi encontrada, mas acredita-se que tenha sido causada por um mau funcionamento em um dos equipamentos cruciais do módulo de aterrissagem.

Embora a missão não tenha conseguido atingir seu objetivo final, ela ainda deu importantes contribuições para o conhecimento da Lua. Os dados coletados pela sonda Lunik-15 foram usados para formar mapas da superfície lunar, que foram mais tarde usados pelas missões Apollo da NASA. Além disso, o resultado da Lunik-15 levou a uma maior colaboração entre a União Soviética e os Estados Unidos na exploração espacial nos anos seguintes.

Com o fim da Guerra Fria, a exploração lunar se tornou menos competitiva e mais colaborativa. As missões conjuntas da NASA e da União Soviética continuaram até a dissolução do último em 1991, e desde então vários países, incluindo a China e a Índia, lançaram suas próprias missões para o satélite natural da Terra.

Em resumo, a tragédia da Luna 2 e a missão fracassada da Lunik-15 foram críticas para a história da exploração lunar. Embora tenham resultado em uma falha, ainda forneceram informações cruciais para os cientistas que estudavam o sistema solar. Além disso, suas realizações e falhas ajudaram a moldar o futuro da exploração espacial. Atualmente, a exploração lunar está em ascensão novamente, impulsionada pelas ambições de organizações privadas e governamentais de estabelecer bases habitáveis em nosso satélite natural.